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Cidades fronteiriças do Acre são citadas em estudo com coeficientes muito elevados de mortes causadas pela covid-19

Cidades fronteiriças do Acre são citadas em estudo com coeficientes muito elevados de mortes causadas pela covid-19

De acordo com o estudo Fronteiras do Brasil – Impacto da covid-19 na fronteira terrestre, elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mostra que no transcurso da pandemia, todos os arranjos transfronteiriços apresentaram casos e óbitos por covid-19 em coeficientes muito elevados. As cidades acreanas de Acrelândia, Capixaba e Plácido de Castro são citadas.

Os pesquisadores afirmam que as mortes ocorreram nas camadas populacionais em situação de maior vulnerabilidade, como a dos indígenas, e foram registradas particularmente nos meses iniciais da pandemia.

“No arco Norte, é possível citar municípios do Acre na fronteira com a Bolívia, como Plácido de Castro (arranjo espacial com Villa Evo Morales) e Capixaba (com Villa Bella), assim como Acrelândia; do Amazonas, na fronteira com o Peru, como Benjamim Constant (com Islandia) e Atalaia do Norte; e na fronteira com a Colômbia, como Santo Antônio do Içá (com Tarapaca), Japurá (com La Pedrera) e São Gabriel da Cachoeira (com Yavarate), este também com distrito na fronteira com a Venezuela (Pêgo et al., 2021)”, diz trecho do estudo.

E acrescenta: “os óbitos nos arranjos transfronteiriços do arco Central se elevaram ao longo da pandemia e, a partir do final do ano de 2020, entre os do arco Sul (gráfico 4). Observa-se, no período analisado, que, de março a setembro de 2020, os arranjos do arco Norte responderam pela maior proporção de óbitos do conjunto. Nesse mês, com o número de 326 óbitos acumulados, foram alcançados pelo crescente número de óbitos dos arranjos do arco Central, totalizando uma participação de 76,8% dos óbitos do conjunto em análise. De setembro de 2020 a fevereiro de 2021, os arranjos do arco Central registraram os maiores valores acumulados de óbito entre os três arcos fronteiriços. A partir de março de 2021, os arranjos transfronteiriços do arco Sul passaram a registrar números crescentes, atingindo, em julho de 2022, a participação de 53,2% da mortalidade do conjunto”.