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POLÍTICA

“É mais fácil ver esse dinheiro nas campanhas do ano que vem”, diz Jarude sobre pedido de empréstimo do governo

“É mais fácil ver esse dinheiro nas campanhas do ano que vem”, diz Jarude sobre pedido de empréstimo do governo

O deputado estadual Emerson Jarude (NOVO) votou contra os dois projetos de lei enviados pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa nesta terça-feira (21), que pediam autorização para contrair R$ 280 milhões em novos empréstimos, sendo R$ 250 milhões com o BNDES e R$ 30 milhões para o programa “Governo Digital”.

De acordo com o parlamentar, as propostas são “cheias de brechas e sem garantias mínimas de transparência”, podendo comprometer o futuro financeiro do Acre.

“Esses projetos não trazem estudo de impacto financeiro, nem explicam qual será o retorno econômico para o Estado. É pedir autorização para endividar o povo acreano no escuro. O Governo fala que não tem dinheiro, mas a verdade é que falta gestão e sobra má prioridade”, afirmou Jarude.

O deputado lembrou que, segundo dados oficiais do próprio governo, a previsão é que o Acre tenha mais de R$ 690 milhões em recursos de investimento parados ou mal executados em 2025, e que endividar o Estado novamente, nessas condições, é um erro grave.

“Nos últimos anos, o governo executou menos de 60% do que tinha disponível para investir. Ou seja, o problema não é a falta de dinheiro, é a ineficiência na execução dos recursos. Agora querem criar mais dívida enquanto o povo continua sem ver resultado”, criticou.

Além da falta de planejamento, Jarude destacou que os projetos colocam como garantia o FPE, o ICMS e outros impostos, o que pode comprometer o pagamento de salários, investimentos em saúde, segurança e infraestrutura.

O parlamentar também chamou atenção para a nota C de Capacidade de Pagamento (CAPAG) do Acre, emitida pelo Tesouro Nacional, o que limita a capacidade de contrair novos financiamentos e aumenta o risco de desequilíbrio nas contas públicas.

“Com nota C, o Acre está entre os piores estados em capacidade de pagamento. Mesmo assim, o governo quer esgotar o limite de endividamento. Isso é brincar com o futuro do Acre e transferir a conta para as próximas gerações”, completou.

Para Jarude, as ações propostas nos empréstimos poderiam ser perfeitamente executadas dentro do orçamento atual, com realocação de recursos e priorização correta de políticas públicas.

“Antes de pedir mais empréstimos, o governo precisa mostrar competência para usar o que já tem. A população não aguenta mais pagar pelos erros da má gestão.”