O programa habitacional “Mil e Uma Dignidades”, da gestão do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, voltou a ser tema na Câmara de Rio Branco. Na sessão desta terça-feira, 21, o vereador Eber Machado (MDB), levou ao plenário um vídeo em que o prefeito rebate acusações feitas por vereadores da oposição após uma fiscalização ao depósito de madeiras destinadas ao projeto.
No vídeo, Bocalom minimiza as críticas da oposição e afirma que o projeto está em andamento. “A gente segue de forma honesta, cuidando bem do dinheiro público. [...] Estão dizendo que está parado, mas é só ir lá para ver”, disse o prefeito, defendendo que a meta é entregar 1.805 unidades habitacionais.
Machado rebateu o prefeito em plenário. “Agora eu não tenho mais dúvida. Primeiro, ele está chamando de mentirosa uma matéria veiculada pela imprensa local. E, segundo, está dizendo que quem está desesperado somos nós, os vereadores. Alguém tem alguma dúvida de quem realmente está desesperado?”, questionou Machado.
O emedebista também comentou que o prefeito Bocalom não está em plenas condições de exercer o cargo. 
“Eu acho que o prefeito não está bem. São 75 anos, eu espero chegar nessa idade, mas ele não está bem. Nós podemos até começar a chamá-lo de ‘Boca Biden’”, ironizou, em referência ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, frequentemente alvo de críticas sobre sua idade e lucidez.
Machado ainda afirmou que a população de Rio Branco vem sendo enganada desde o início da gestão, em 2021, com promessas de entrega das casas que, segundo ele, jamais se concretizaram,
“Isso foi um dos maiores golpes que ele deu na população. Um programa de fachada, sem licitação, com informações internas gravíssimas de que houve pagamento em dinheiro diretamente a secretários”, denunciou o vereador, sem apresentar provas formais, mas prometendo continuar com as investigações.
O parlamentar também afirmou que as casas de madeira previstas pelo projeto estão comprometidas por falhas no armazenamento do material:
“As estruturas que estão prontas para montagem estão comprometidas. A madeira não foi devidamente seca, então jamais vão se encaixar. Não tem condições de construir as casas como está sendo dito.”
Machado disse ainda ter protocolado um requerimento solicitando mais informações sobre o projeto, mas reconheceu que a proposta dificilmente será aprovada pela base do prefeito na Casa. “Eu sei que não vai ser aprovado, mas estou fazendo minha parte. Isso que nós temos em mãos é grave, muito grave. É um programa que se mostrou um verdadeiro golpe contra a população”, concluiu.
 
				
