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POLÍTICA

Vereadores do MDB questionam nota da Energisa sobre suposto “gato de energia” em galpão da Prefeitura

Vereadores do MDB questionam nota da Energisa sobre suposto “gato de energia” em galpão da Prefeitura

Os vereadores do MDB, Eber Machado, Fábio Araújo e Neném Almeida, questionaram na manhã desta quinta-feira, 23, na Câmara Municipal de Rio Branco, a nota divulgada pela Energisa a respeito da denúncia de um suposto “gato de energia” em um galpão onde estão armazenadas as madeiras do programa Mil e Uma Dignidades, da Prefeitura de Rio Branco.

A concessionária, em nota enviada à imprensa, afirmou que o caso “é regular e trata-se de uma ligação temporária, conforme prevê a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)”.

Contudo, os parlamentares afirmam que a explicação não é convincente e pediram que a empresa apresente documentos que comprovem a legalidade da ligação, bem como os comprovantes de pagamento feitos pela Prefeitura.

“Isso é um gato autorizado”

O vereador Eber Machado disse que a denúncia partiu de pessoas da própria gestão municipal e afirmou que o galpão, alugado pela Prefeitura em 2022, não possui medidor de energia desde o início de suas atividades.

“Constatamos que desde 2022 não há relógio medidor no local. Fizemos a verificação acompanhados por um engenheiro eletricista. A Energisa soltou uma nota de quatro linhas, sem assinatura, dizendo que estava tudo regular. Se é uma ligação temporária desde 2022 até agora, 2025, que temporária é essa?”, questionou o parlamentar.

Eber também afirmou que vai solicitar à Energisa e à Prefeitura cópias dos comprovantes de pagamento da energia, além do contrato da suposta ligação temporária. “Queremos saber quem está mentindo: se é a Energisa, a Prefeitura ou nós, que estamos apenas cumprindo nosso papel de fiscalizar. O que estamos vendo é um gato autorizado pela Energisa”, declarou.

O vereador Fábio Araújo reforçou a crítica à nota enviada pela concessionária e disse que o documento “não tem validade oficial”.
“A nota enviada é algo que qualquer pessoa poderia fazer pelo WhatsApp. Queremos uma manifestação oficial, assinada. A Energisa é uma empresa séria, que presta serviço a todo o Estado, e precisa se posicionar de forma responsável”, afirmou.

O emedebista lembrou ainda que, conforme as regras da ANEEL, o prazo máximo para uma ligação provisória em obra é de 12 meses — e, segundo ele, o galpão não se enquadra nessa categoria. “Lá não é obra, é um galpão já pronto e alugado pela Prefeitura. Então, não há justificativa para essa ligação ser temporária por tanto tempo”, concluiu.

Neném Almeida declarou que o caso “demonstra ilegalidade” e cobrou mais transparência tanto da Energisa quanto da Prefeitura. “Se fosse uma pessoa simples, uma dona de casa, que deixasse de pagar a conta de luz por um mês, a Energisa já teria cortado. Mas nesse caso, são mais de três anos sem pagamento, segundo as denúncias. Por que não foi cortada a energia?”, questionou.

O parlamentar afirmou ainda que protocolou pedido para que a Energisa realize uma vistoria no local e encaminhe o relatório ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público do Acre. “Estamos pedindo informações aos dois lados — Energisa e Prefeitura. Queremos documentos, contratos e comprovantes. Se está tudo legal, que apresentem as provas”, disse.

Os vereadores do MDB informaram que já estão elaborando requerimentos oficiais para solicitar, tanto à concessionária quanto à Prefeitura, todos os documentos relativos à ligação elétrica do galpão. Segundo eles, a “blitz do MDB” — como chamaram a ação de fiscalização — não vai parar até que todas as informações sejam devidamente esclarecidas. “Se a Energisa e a Prefeitura nada devem, que apresentem os comprovantes. A população de Rio Branco merece transparência”, finalizou Machado.